Professor Adavilso Parpinelli é homenageado com nome de Centro Municipal de Ensino

O Parlamento Municipal apreciou em sessão ordinária realizada na terça-feira, 15 de abril, o Projeto de Lei Ordinária nº 78/2025, de autoria do vereador Hélio da Nazaré, que dispõe sobre a nominação do Centro Municipal de Ensino a ser construído no Bairro Buritis para “Professor Adavilso Aparecido Parpinelli”.

O texto apresenta em sua justificativa o histórico do homenageado, que foi um ícone da educação tangaraense, reconhecido como um dos professores mais respeitados e admirados por seus milhares de alunos pela sua dedicação, conhecimento e personalidade amiga.

O projeto recebeu parecer favorável da Comissão de Legislação, Justiça, Redação Final e Eficácia Legislativa da Câmara Municipal, foi aprovado com 13 votos favoráveis em plenário e agora segue para a sanção do Executivo Municipal.

BIOGRAFIA

Nasceu em 08 de setembro de 1953, na pacata cidade paulista de Junqueirópolis, sendo o primogênito de 5 irmãos de uma família cujos patriarcas são o seu Valério Parpinelli e dona Luzia Pereira Parpinelli, descendentes diretos de italianos. Em Junqueirópolis estudou desde as séries iniciais até o ginásio, colando grau em 1971, concomitantemente ao curso de Técnico em Contabilidade. Sempre com facilidades com os números, migrou pra cidade vizinha de Dracena com o fim de cursar engenharia, mas acabou se apaixonando pela ciência Matemática, tendo colado grau em 28 de dezembro de 1974 pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras “Ministro Tarso Dutra”. Especializou-se em Metodologia do Ensino Superior em 20 de janeiro de 1986 pelo C.E.U.B. – Centro de Ensino Unificado de Brasília, na capital do Brasil. Também especializou em Extensão: Atualização Matemática, em 1993 pela Universidade federal de Mato Grosso, em Cuiabá.

Complementando sua formação acadêmica, em 2001 obteve o título de Mestre, após conclusão do Mestrado na Universidad Central “Marta Abreu” de Las Villas, em Santa Clara, Cuba. Durante quatro décadas, lecionou para milhares de alunos, indo do Ensino Fundamental, passando pelo Ensino Médio até mesmo na Educação Superior, seja em instituições públicas como privadas. Iniciou sua atividade profissional em 1975 no Município de Naviraí, em Mato Grosso do Sul, lecionando na E.E.P.G. “Presidente Médice”, atuando como professor de matemática de 1º e 2º graus. Após, ministrou aulas por cinco anos (entre 1976 a 1981) em São Paulo, capital, na E.P.S.G. “Alferes Tiradentes”, como professor de matemática do 1º grau. No início de 1982, retorna a Dracena, ocasião em que consagra matrimônio com o grande amor da sua vida, Rosalina Peres Parpinelli, a dona Rose, também professora em início de carreira, com a qual construiria sua Família até o último momento. Jovem irrequieto e destemido, Adavilso queria novos ares. Motivado por amigos e pelo querido tio Otávio, foi-lhe apresentada a terra do alto da Serra Tapirapuã, a jovem cidade de Tangará da Serra. Veio, observou e teceu planos para si e sua família recém construída, de forma que em meados de 1982 já estava de mala e cuia no Distrito de Progresso. Passou na primeira posição no concurso para professor de matemática do Governo de Mato Grosso, tendo inicialmente ministrado aulas no Distrito de Progresso, como professor de matemática de 1º e 2º graus na E.E.P.S.G. “Patriarca da Independência”, entre os anos de 1982 a 1984. Após, lecionou como professor de matemática ao 2º grau na E.E.P.S.G “13 de Maio” de 1984 até 2004. Também atuou como professor do 2º grau no Centro Educacional de Tangará da Serra – ATEC, por mais de vinte anos, desde 1995. No Ensino Superior, trabalhou em 2000 como professor de cálculo Diferencial e Integral na UNEMAT – Universidade Estadual de Mato Grosso, Campus de Barra do Bugres. Por uma década, de 1999 a 2009, foi professor de Matemática Financeira e Estatística na UNITAS – União das Faculdades de Tangará da Serra. Paralelamente, foi professor de cursinhos preparatórios e professor particular. Também exerceu outras atividades, inclusive como empreendedor, a exemplo da Camisaria e da Pista de Boliche em que foi sócio proprietário. Além disso, no âmbito acadêmico, desempenhou com afinco outra função essencial, pois foi Coordenador do Curso de Tecnologia em Informática, entre 1999 a 2001, pela Unitas. Político nato, embora tenha na maior parte da vida trabalhado nos bastidores do Poder, exerceu funções importantes à sociedade tangaraense, haja vista que fora Secretário Municipal de Educação e Cultura, entre 1989 a 1992, onde contribuiu diretamente com a construção de escolas e reforma do ensino público municipal. Em 1993, foi Secretário Municipal de Planejamento.

Sempre preocupado com o bem estar do próximo, participou ativamente da sociedade civil organizada, como filantropia. Não era raro ver o Professor Adavilso suando a camisa em prol da sociedade. Tanto que foi membro atuante do Rotary Club Tangará da Serra, tendo sido inclusive presidente no ano rotário de 94/95 e sido agraciado com o título “Companheiro Paul Harris”, umas das maiores honrarias da instituição. Maçom de primeira qualidade, chegou no grau 33, tendo exercido várias funções dentro da Loja Maçônica 13 de Maio. Em 1985, teve uma grande realização como homem, com o nascimento de sua filha única, Tatiana Carolina Peres Parpineli, quem lhe deu dois netos, Giovanni Gregório Parpinelli, nascido em 08 de dezembro de 2010 e Nicolas Salomão Parpinelli Souto, nascido em 15 de junho de 2015. Seus ensinamentos vão além da matemática, pois sempre tinha um ombro amigo pra ouvir e palavras de sabedoria pra aconselhar, indistintamente a quem fosse. Como bom mestre, também ensinava pelo exemplo a seguir, pois bastava olhar sua postura ética e leve como levava a vida na prática. Infelizmente deixou o plano material em 16 de janeiro de 2021, vitimado pelo Covid 19, mas está vivo até hoje nos corações de todos aqueles que puderam conviver com esse ser humano admirável chamado Adavilso, Dada, mestre. Suas grandes paixões foram sua Família, a sala de aula, o Santos Futebol Clube, o churrasco no fim de semana, as inúmeras amizades, às quais sempre faziam rodadas de conversas, risadas, banhadas pelo bom vinho e, por fim, a chácara onde plantou com a ajuda da companheira dona Rose, um pomar contendo inúmeras e variadas espécies de frutas, bem como criação de galinhas, porcos e cães. Professor Adavilso dedicou anos ao magistério, mas encerrou sua contribuição laboral à sociedade como perito criminal por dez anos, na Politec, tendo ingressado via concurso público, sendo o primeiro colocado à função de perito – área matemática. Nesta profissão, também foi muito respeitado devido ao profissionalismo e conhecimento que obtinha. Seu legado será lembrado eternamente!




Faynystton Missio - Assistente de Imprensa