Na Câmara, empresa apresenta projeto de construção de três PCHs no Rio Formoso


Marcos Figueiró
Assessoria de Imprensa

Hélio José Schwaab (PSD) recebeu na Câmara Municipal esta semana o engenheiro Fábio de Castro e Souza, da Brennand Energia. A visita teve como objetivo a exposição do projeto de construção de três usinas hidrelétricas de pequeno porte (Pequena Central Hidrelétrica - PCH) no Rio Formoso, em Tangará da Serra. A apresentação contou com a presença dos vereadores Melquezedeque Ferreira Soares (PMDB), Nilton Dalla Pria (PMDB), Rogério Silva (PMDB), Dona Neide (PMDB), Wilson Verta (PSDB), Carlinho da Esmeralda (PSC) e Ronaldo Quintão (PP).

De acordo com o projeto apresentado, as três PCHs devem gerar juntas cerca de 56 MW – megawatt é unidade de medida de potência elétrica, que corresponde à 1 milhão de watts. Isso representaria aumento da produção de energia de Tangará da Serra de 68MW para 124MW. Juntas, as áreas dos reservatórios dos três projetos representariam 10,45 Km2, o que representa apenas 0,092% do total da área do município.

Segundo o engenheiro Fábio de Castro, já foram realizados estudos da Avaliação Ambiental Integrada da bacia do Rio Sepotuba, incluindo o Rio Formoso, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto do Meio Ambiente (RIMA), sobre o qual será realizada Audiência Pública em Tangará da Serra em data a ser definida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA). Está em elaboração o Estudo de Componente Indígena (ECI) e já foi realizado o Diagnóstico do Patrimônio Arqueológico e protocolado no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Os estudos realizados apontam que os principais resultados negativos da construção serão alteração da paisagem/beleza cênica, a supressão do remanescente de vegetação da área a ser alagada (396,85ha do total de 828,22ha a ser alagado), além de que o projeto afetará a rota migratória de 6 espécies de peixes das 77 encontradas nas áreas nos estudos realizados na área de influência direta das usinas, além do aumento temporário da demanda por serviços sociais (atendimento médico, transporte, entre outros), e do afugentamento de fauna. Para os possíveis impactos sobre a fauna, peixe, aves répteis, etc, são realizados programas ambientais para monitoramento antes, durante e depois das obras, visando restabelecer o equilíbrio ambiental. Além disso, segundo o palestrante, muitas serão as vantagens no controle de processos erosivos que causam assoreamento do rio.

Por outro lado, os principais resultados positivos identificados nos estudos serão o aumento de arrecadação no Município, o aumento do reflorestamento do ambiente já degradado e recuperação das áreas atingidas pelas obras (497,56ha a ser reflorestado e, portanto, saldo positivo), o monitoramento permanente da qualidade de água por meio de análises físico, químico e biológico em laboratório (sedimentos, poluentes, etc).
“O balanço ambiental será positivo não somente sobre a flora, mas especialmente sobre a fauna terrestre e alada que terão amplo espaço de refúgio e alimentação no entorno dos reservatórios”, contou o engenheiro Fábio aos vereadores, informando que outra possibilidade é a integração com Universidades por meio de convênios, pesquisas, aulas práticas, estágios, visitas técnicas, entre outros e o desenvolvimento de diversos Programas de Monitoramentos Ambientais, além da melhoria na qualidade do fornecimento de energia local, e a geração de empregos e rendas nos diversos setores da economia local.