“Câmara não pode fugir da missão de investigar denúncias”, defende Sommavilla

“Câmara não pode fugir da missão de investigar denúncias”, defende Sommavilla

Sílvio Sommavilla (PDT)

Sílvio Sommavilla (PDT) defendeu a abertura das duas Comissões Especiais de Inquérito (CEIs) em andamento na Câmara Municipal – uma que apura denúncia de uso de máquinas em área particular e outra que apura o convênio entre Governo Federal e Município no Programa de Esporte de Lazer (PELC). O presidente da Câmara contrapôs a opinião que tem sido disseminada por governistas, de que a investigação pode prejudicar a cidade.


“O prefeito sabe como fazer obras sem que isso resulte na abertura de uma CEI na Câmara. Estamos no terceiro ano de seu mandado e o Poder Legislativo só viu a necessidade de abrir CEI agora, pois estão avançando o sinal. Isso não significa que não estávamos de olho, cumprindo a missão de fiscalizar. Isso significa que tivemos que abrir CEI agora, porque vimos que nesta obra havia indícios que apontavam para que uma CEI fosse aberta. Ao abrir CEI, a Câmara cumpre sua função constitucional”, afirmou Sommavilla.


O presidente do Parlamento Municipal creditou as críticas que a abertura da CEI recebeu a uma ação política destinada a evitar que novas CEIs venham a ser abertas no Legislativo. “Investigar não é ação política, é missão do vereador que, por princípio é o representante do povo e tem o dever de apurar denúncia. Mas dizer que essa investigação não pode nem existir, fazer mobilização popular contra uma investigação, isso sim é ação polítiqueira e os tangaraenses não podem ser usados politicamente desta forma”, como escudo,disse.

 
Sommavilla afirmou que, por enquanto ouve-se rumores, mas caso chegue ao Legislativo denúncias de que movimento político esteja sendo preparado com a participação de agentes públicos em horário de expediente ou com uso de carros oficiais ou telefones públicos, isso deve motivar a abertura de outra Comissão de Inquérito. “Não vamos permitir!”, avisou Sommavilla.

 
“Há investigações sendo realizadas, não farei juízo de valor. Mas, supondo que não hajam irregularidades, ao menos as apurações, nas CEIs, ajudarão o poder público, porque podem resultar em mudanças na legislação, garantindo segurança jurídica. E se houver irregularidades, que os culpados respondam. Apurar é sim necessário e o Poder Legislativo não pode ser impedido de verificar se há algo errado ou não. Isso, ao contrário do que dizem os que criticam, ajuda sim a cidade a colocar as coisas as claras, para que todos saibam se houve problemas, ou não”, concluiu Sommavilla.